terça-feira, 22 de abril de 2014

Terceirização Infantil

Somente para registro a importância dos pais na vida de um bebe, a terceirização infantil, um texto ótimo que vale ser lido em suas três partes, retirado do Nmagazine.

http://www.nmagazine.com.br/colunas/crianca-terceirizada-os-pais/

sábado, 12 de abril de 2014

Mãe e profissão! Desabafo

Anda acontecendo tantas coisas pelo mundo, que tenho ficado horrorizada, e estas coisas tem me feito mais perguntas sobre quem eu realmente sou.
Vamos voltar um pouco no tempo:
Sai da casa dos meus pais cedo, fui morar com minha avó e tias. Aprendi. Acho que esta é a palavra deste tempo: Aprendi a escutar, a ler, a estudar, a cozinhar, a respeitar ainda mais a minha família, aprendi que podemos ter recomeços, aprendi a não ser mais a filha da diretora, aprendi a ser a sobrinha da professora, aprendi que podia ter amigos, aprendi que os avós vão cedo de mais, aprendi que magoamos as pessoas que mais amamos. Aprendi.
Depois resolvi que precisava de mais, que aquela cidade era muito pequena pra quem eu era e quem eu queria ser. Desapeguei. Desapeguei no momento em que meu pai me deixou na rodoviária e foi embora, desapeguei naquela noite chorando no onibus e pensando em como seria minha vida, se eu estava certa daquela decisão. Sentada no banco da rodoviária repensei muita coisa, mas tinha certeza que era a decisão certa. Desapeguei do mais difícil: ter a família perto. Desapeguei de dormir, de ficar sem fazer nada, de ser filha. Aprendi a trabalhar, a ser ainda mais responsável do que eu já era, desapeguei da vida social, sabia que para conseguir o que eu queria, eu precisava trabalhar e estudar. Fui encontrada por um professor/pessoa maravilhosa, que me fez crescer, que me fez me apaixonar pelo design, que me fez ver que design não era "só" aquilo. Construí amigos, construí a minha vida, do meu jeito. Desapeguei de ir no mercado e comprar o que eu queria, para comprar o que eu precisava. Encontrei minha irmã de alma. Encontrei meu marido. Me encontrei como designer, profissional, sensata, apaixonada pela profissão. Desapeguei do emprego. Desapeguei de todo e qualquer egoísmo e virei mãe. Quando decidi realmente engravidar, não tinha ideia de como isso iria mudar minha vida. Nem pra melhor, nem pra pior. Mas mudar.
Mudei, por 1 ano e 4 meses fui mãe em tempo integral, freelancer nas horas vagas e dona de casa 24h/d. Me perdi. Como mãe me perdi, por ter um filho que chorava, que não dormia. Como profissional me perdi em tudo. Tudo o que eu havia construído em anos, em não tinha mais, eu havia virado mãe. Comecei uma pós graduação quando meu filho tinha 1 mês de vida. Me sentia excluída, insegura, com tanto medo, mas com tanto medo que levei meses pra conseguir conversar com meus colegas como eu realmente era. Os choros, as risadas que eu escutava enquanto estava na aula e eles (marido e filho) no lado de fora, o cheiro de leite, me tiravam a concentração, ficava pensado que meus colegas me odiavam por estar atrapalhando a aula, escutava cada gesto deles. Tinha medo de falar, pois, afinal, eu não estava trabalhando e era mãe. No final, quando já não levava o edu para a pós, abrindo mão muitas vezes da aula da sexta feira, tirando o leite durante a semana, percebi que todos sentiam falta dele. Ele fazia parte. Ele fazia parte da minha vida. Desisti de fazer o monografia. Meu orientador não desistiu de mim.
Me reconstruí como profissional, voltei a trabalhar e me senti uma mãe de merda. Como eu, poderia, deixar uma criança de 1 ano e 4 meses numa creche e ir trabalhar? Como eu tinha coragem de fazer isso com meu filho? Mas a família precisava. No trabalho, me matava, me matava para mostrar que eu era capaz, que eu era uma excelente profissional, me matava para fazer tudo, deixar tudo certo, para que ninguém pudesse dizer que eu era menos profissional por ser mãe. Em casa me matava, me matava tentando colocar a casa em ordem. Me matava por pensar o tipo de mãe que eu era. Afinal, meu filho não dormia, só chorava, e eu trabalhava.
Eu trabalhava profissionalmente e pessoalmente. Trabalhava para me encontrar, me reencontrar. De novo, como mãe, mulher e profissional.
Não me arrependo das coisas que fiz, ou deixei de fazer, mas, hoje, morando em outra cidade, tendo que me reinventar novamente. Percebo, que desde que me tornei mãe, nunca mais me achei como profissional.
Hoje, ainda bem, temos textos e mais textos que falam da importância da presença materna nos dois primeiros anos, ou ao menos, da mãe no primeiro ano e do pai no segundo ano. Textos que falam o quanto a sociedade deveria respeitar e valorizar o trabalho de ser mãe. A importância que isso tem para o futuro da sociedade.
Percebo, lendo as notícias, que ... não estamos fazendo o que é certo. Se pai mata filha, mãe joga bebe no lixo, namorados esfaqueando namoradas, mães prendendo filhos em casa, funkeira sendo proclamada como pensadora!. Que sociedade é esta? o que nós pais estamos fazendo com a educação dos nossos filhos? que valores estamos deixando para eles?
E ai, volto eu, mais uma vez para o meu dilema: quem eu sou? Eu sou mãe? sou profissional? ou sou os dois?
Realmente eu não sei. Sei que tento ser a melhor mãe que posso ser, mas que isso faz de mim outro tipo de profissional. Que ser mãe me faz ser totalmente insegura em muitas coisas, e totalmente corajosa em outras. Sei que hoje, não consigo mais falar com alguém só sobre design, hoje, o meu mundo é ser mãe. E tudo o que eu fiz, e tudo o que eu abri mão, e as pessoas que acreditaram em mim, o que eu fiz com tudo isso... eu não sei.
A minha maior preocupação hoje é: que tipo de homem estou criando para a sociedade.
Mas, sinceramente, quando ser mãe vai deixar de ser vergonhoso, vai deixar de ser "você não faz nada o dia todo". Quando ser mãe será um ponto positivo em uma entrevista de emprego? Quando a licença maternidade será de um ano. Sim, 1 ano, ou você acha certo colocar um bebe numa creche? tenha dó!
Tenha dó da mãe, do filho e da sociedade, pois todos sofrem com esta decisão. Ler textos da mãe em tempo integral para a mãe que trabalha fora e vice versa, não nos faz sentirmos melhor, faz percebermos que todos sofrem com as decisões, pois sempre tem alguém julgando.
O pior é o julgamento que fizemos com nós mesmas, como o meu agora: Que tipo de profissional é você, que abre mão da sua carreira para ficar com a família. Ou então que tipo de mãe é você, que abre mão da família pela carreira.
Filho, eu te amo do fundo do meu coração, e espero, estar fazendo as decisões corretas para a sua vida, e para a minha.
#maeemcrise


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Nossos 4 Anos!

Acredito que todos os anos irei lembrar do dia em que você nasceu, resolvendo nascer mais cedo, e contrariando a sua mãe: "O meu filho não irá nascer no dia do aniversário de ninguém, terá um dia só dele". Enfim meu filho, hoje eu entendo porque você nasceu no dia no meu aniversário, no nosso dia.Não me lembro de infância, mas da onde me lembro não gosto do meu aniversário, e lembro de pensar: vou fazer esse sorriso falso, pra tirarem a foto duma vez... eu devia ter uns 8 anos. Bom, 4 anos se passaram e acabo gostando um pouco mais, a cada ano. A cada ano tenho aniversário coloridos, dos backyardigans, do toy story, dos aviões... cada ano penso em algo que te fará feliz. Hoje quando você acordou, e me viu decorando o seu bolo, abriu um sorriso tão lindo, tão mágico e falou: Mamãe este é o meu bolo, o meu bolo de avião! é lindo eu adorei! Adoro você!
Recebi um abraço apertado e um lindo sorriso. Assim começou o meu dia. Cada ano que passa nos tornamos mais apaixonados por você, mais encantados com suas descobertas, e aprendemos a nos conhecer mais.
Sim, porque ser pais não é fácil não, acredito que seja a profissão mais difícil do mundo, mas com o melhor pagamento: amor dos filhos.
Você, Edu, é um menino perguntador, curioso, rápido, como os meninos de mercúrio (Ziraldo, o menino da lua). É tão carinhoso e meigo quanto é serelepe. Tem a alegria nos olhos, e o sorriso encantador.
Nos surpreendeu ontem com a frase: porque eu ganhei isso de novo? para um avião que seus tios lhe deram. Afinal até hoje, acreditávamos que você amava aviões. Reafirmou isso hoje, voltando da escola: Mãe não é um avião né? (para o pacote de presentes) Viu mãe, ao abrir o pacote, ainda bem, não é um avião.
Ontem iríamos fazer um piquenique, mas choveu, então montei rapidinho uma festinha pra você, e mesmo sendo a única criança da festa (de seis pessoas) estava radiante, feliz, com as pessoas que estavam junto comemorando.
Filho, queria conseguir te dizer tantas, e tantas coisas, mas as palavras se fogem... te desejo tantas coisas boas que nem sei explicar. Recebi a ligação de uma das minhas lindas e amadas tias, eu tiva o prazer de ter tias-mãe, que ainda me dão sermão, que ainda se preocupam, que ainda me dizem: eu te amo. Sei que você não tem tantas tias quanto eu, mas desejo, que nos seus trinta e tantos anos, possa receber uma ligação de um tio/tia seu, e possa conversar leve, que possa escutar coisas boas, e até sermões, e ter a certeza que te amam e sentem orgulho de que você é, de quem você se tornou.
Meu amorzinho, lembra sempre das pessoas que te estenderam a mão, que te fizeram carinho, que te pegaram no colo. Valorize elas, sempre. Não seja egoísta, seja a melhor pessoa que você possa ser, seja amável e educado com as pessoas, sorrisos fazem milagres! Ame sempre, a flor, o bichinho, as pessoas. Nunca deixe de acreditar que os guardiões existem, porque eles moram dentro de nós. Papai Noel, Coelho da Páscoa, Sandyman, Fada do dente e Jack frosty, todos eles vivem em você, e com eles o mundo se torna melhor, mais lindo e bom de se viver! Que você tenha bons amigos, daqueles que você pode sempre contar, que saberão o que te falar, que te acolherão, que passarão meses sem te ver, mas ao ouvir sua voz você se encherá de alegria. Que tenha os melhores amigos, e saiba, valorize quem eles são.
As pessoas vivem de carinho, de amor, de paciência, de gratidão. Seja um bom homem.
Foram quatro anos, aprendendo a ser mãe, aprendendo a me conhecer e ser uma pessoa melhor, a olhar os outros de forma diferente, a não julgar, a se adaptar ao meu coração fora de mim, a respeitar que você é um ser individual, com anseios e desejos diferentes dos nossos.
Feliz aniversário meu filho!

























quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Mães

Meu filho, perto de completar seus 4 anos, acho alguns vídeos que me marcaram muito. Sei que não será mãe, mas quem sabe será pai (sim, não sei como será seu futuro e o que você espera dele). Mas meu filho, quando um dia assistir, irá entender tantas coisas que muitas vezes não conseguimos explicar...
O Amor de uma mãe por seu filho... O meu amor por você, é impossível de explicar.



Este:


e por fim, e te digo, já sem palavras e com muitas, mas muitas lágrimas caindo do meu rosto, com aquele amor que não saberei jamais explicar. Te amo!