Todas as noite eu conto uma historinha para o Edu dormir, as vezes 2, 3. Normalmente é de algum livro que ele escolhe ou dos três porquinhos, da pepa, mas hoje, ele pediu para eu contar a história do Eduardo Schefel Silveira.
Na hora eu fiquei pensando, como contar, mas então comecei com o famoso 'Era uma vez"como sempre ele interrompe a história quer acrescentar detalhes, ou perguntar (e como pergunta!). Sei que comecei a contar de uma menina e um menino que se conheceram e por ai vai. Quando cheguei na hora de contar o seguinte trecho "então o Alberto e a Michele descobriram que tinha um bebezinho dentro da barriga da michele, e foram escutar o coração", neste momento (e agora tbem) meus olhos se encheram de lágrimas, e tentando não mostrar para ele, continuei, "o coração do eduardo batia tão forte e tão rápido que o papai alberto e a mamãe michele tinham certeza que o amor pelo eduardo era maior do que qualquer coisa"e continuei a história.
Nenhum momento foi tão, mas tão especial e marcante para mim e tenho certeza que para o alberto também, quanto o momento de escutar o coração.
Foi tudo no mesmo dia, descobrir, exames, e escutar o coração, naquele momento eu tinha certeza que o maior amor, que a melhor coisa da minha vida estava ali, dentro de mim, batendo o seu coração, parecia que a cada batida o amor aumentava. Lembro do alberto chorando, de eu chorando, lembro de sentarmos no carro sem conseguir falar uma palavra se quer, nós só chorávamos, se eu fechar os olhos eu posso sentir tudo de novo, posso escutar aquelas batidas do coração.
Dizem que a mãe vira mãe quando descobre que está grávida, eu posso afirmar que virei mãe no segundo em que escutei aquele coração, batendo forte e rápido.
Filho, se pudéssemos medir o amor que temos por você, faltaria escalas, multiplicações ou qualquer outra regra matemática inventada, a cada sorriso, a cada careta nova, a cada segundo em que mostra a sua personalidade se formando, nosso amor aumenta mais e mais.
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