quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Tudo acontece ao mesmo tempo

Como pode tudo na minha vida acontecer ao mesmo tempo?? Sempre foi assim, as coisas mais importantes aconteceram no meio de mais um monte de coisas importantes...
Engavidei, compramos uma casa, edu nasceu e comecei uma pós isso tudo aconteceu em 6 meses (lógico que as contas estão certas, pois qdo me mudei já estava grávida heheh)
Hoje estou  vivendo mais coisas ao mesmo tempo, casamento da minha irmã, monografia, empresa nova do marido, empresa nova do pai e a decisão de voltar a trabalhar.
Quando edu nasceu, e percebemos que eu não voltaria a trabalhar por um tempo indeterminado, fomos nos virando, fui tentando me entender como mãe, como mulher que vira mãe, pois mulher e profissional, eu já sabia como era, mas como mãe...
Me deparei com muitas coisas que nunca havia antes pensado, me questionei inumeras vezes da minha capacidade de ser mãe +mulher +dona de casa + profissional ao mesmo tempo. Estes quase três anos, em função de ter um filho me fizeram rever muitos aspectos da minha vida, me fizeram perceber o quanto posso ser forte e o quanto posso desmoronar em 1 segundo. O quanto o sorriso do meu filho ilumina tudo ao redor, o quanto o choro insistente de horas consegue me tirar toda a paciência, a coerência... Vivo num mundo de extremos, as vezes me sinto uma louca, penso em procurar um psiquiatra, as vezes penso em ser psicóloga. As vezes quero sumir, desaparecer do mapa, tirar férias da minha vida, as vezes quero contar a todos  minha vida, e não troco ela por nada...
Descobri neste tempo, que este meu jeito fechado de ser, sim o lado fechado, de quem não me conhece, de quem está me conhecendo é uma defesa, uma defesa pra evitar decepções. Descobri, que este meu jeito extrovertido me ajuda a ver o mundo com mais alegria, e dar mais alegria as pessoas ao meu redor. Descobri que posso ser feliz e mostrar a minha felicidade para o mundo, sem incomodar o mundo. Descobri que sou uma boa pessoa, que a minha essência quer ajudar, a minha essência não vive sem ajudar, sem querer o bem, sem fazer o bem. Descobri que tenho muito mais amigos do que imaginava, e que não tenho uma melhor amiga, tenho 3 grandes melhores amigas. Descobri que amizades formam famílias, e confirmei. Não precisamos ter o mesmo sangue, a mesma genética para sermos família. Descobri que podemos escolher a família que queremos, e que devemos cultivá-las. Descobri neste tempo, que sei ser mãe, e que não sei conviver muito bem sem ser Designer.
Foi um desafio muito grande voltar a estudar com um bebe de 1 mês... Mas o desafio maior foi encontrar uma turma de 30 alunos, me olhando, e eu sem saber pra onde ir, escutando onde trabalhavam o que faziam, e quando chegou a minha vez, falei que era mãe, e ri, e todos riram. Sim, por este tempo fui mãe, minha maior profissão e meu maior desafio. Demorei uns 3 meses para conseguir me enturmar, para conseguir criar um vinculo com meus colegas da pós. Me descobri uma pessoa divertida, que faz amigos com facilidade, e amei cada dia de pós, cada colega e sei que criei amizades importantes e especiais neste período.
Mas meu maior desafio foi me conhecer, foi aceitar que coisas que falavam pra mim, ou ao meu respeito não eram reais, não eram de coração, eram só, e somente para me humilhar, me deixar mal, e me enfraquecer. Me mudei, para uma cidade diferente, uma casa diferente, uma vida diferente. Conheci meus vizinhos, assim, aos  poucos, com meu jeito fechado. E fui conquistando e sendo conquistada. Hoje não tenho só vizinhos tenho amigos, posso dizer que moro ao lado de amigos, de pessoas queridas, de pessoas que querem o meu bem.
Sempre acreditei que se você faz o bem, ele retorna pra você, mais cedo ou mais tarde... pode demorar, mas tenha paciência, ele sempre vem, e com ele o autoconhecimento.
É incrível como me percebo hoje, como lembro do quanto fiquei insegura com o nascimento do Edu e o quanto fui me tornando cada vez mais segura, em tudo.
Continuo tendo sérias dificuldades para mentir, e aceitar mentiras (isso, não quero mudar, mas as vezes a necessidade exige, mentiras ingenuas, q não irão prejudicar ninguem), continuo sendo crítica, mas aprendi a criticar menos, a sofrer menos, e a elogiar mais. Afinal quem é muito crítica tem dificuldades em elogiar, pois sempre vê um porém.
As vezes me percebo uma mãe neurótica, que está a ponto de explodir, mas as vezes me percebo a melhor mãe do mundo.
Sei que estamos acertando com o Eduardo, sei que ele tem uma luz especial. Em qualquer lugar que ele chega, ele conquista, ele ilumina o rosto das pessoas. Para mim fazer os outros sorrirem, olharem a vida de uma forma mais serena, mais feliz, é muito importante, e ver que meu filho, em seu 1 ano e 7 meses consegue fazer isso com um sorriso, me dá a certeza que ele será uma boa pessoa, uma pessoa do bem.
Como falei, se você faz o bem ele volta pra você. Já havia decidido que iria começar a procurar emprego depois da minha monografia, pois agora edu esta melhorando em seu sono... Então recebo uma ligação, em meio os preparativos do casamento da gabi, da minha monografia, e dos freelas que tinha, me informando sobre um cargo que tinha o meu perfil... Não custava nada me candidatar. Outra ligação, uma entrevista, outra entrevista, e me percebi totalmente segura, segura da minha vida, da minha profissão da minha qualidade como profissional. Independente da resposta que eu havia de receber, percebi estar pronta pra voltar a trabalhar, percebi estar pronta para a vida.
Recebi a resposta positiva, e percebi ter algo que ainda não estava resolvido dentro de mim: deixar o Edu 12 horas na creche... Estou muito feliz, começo a trabalhar na segunda feira, em uma empresa que me encantou, em uma empresa que tem muito a crescer.
Trabalho com com a interiorização do fato do edu ficar 12 horas na creche. O fato é que não saberei o que o Edu anda comendo, se esta tendo uma alimentação saudável, não conseguirei controlar a ingestão de açucar. Mas o que mais me preocupa é como fazer para educá-lo. As profes dele são ótimas, gosto delas, elas gostam do edu, mas não são a mãe dele. A educação dele é minha responsabilidade, é responsabilidade minha e do alberto, seus pais. Tenho até segunda feira, para resolver isso dentro de mim. Saber aproveitar as poucas horas da semana que ele passará comigo para educá-lo, para ensinar valores, para ensiná-lo a respeitar, a amar, a se doar.
Sei que no final tudo da sempre certo, e sei que o Edu não irá sofrer, e nem se questionar sobre sua permanência na creche, sei que este questionamento é meu, e devo fazer dele um aprendizado.
Seguimos hoje, como família, para um novo ciclo, uma nova forma de viver, e quem sabe assim, com o tempo reduzido de convivência aprendamos a aproveitar mais, a curtir mais e a nos amar mais!

2 comentários:

  1. Alberto V. Braud Silveira5 de outubro de 2011 às 14:36

    Meu amor da minha vida, li todo seu texto e o que mais posso dizer que completa mais tudo que disse além de que te amo e te amamos demais,eu e o Eduardo. Tenho uma inveja boa dos momentos em que vejo ele te acariciando e adorando e enchendo amor. Eu sei que ele também faz comigo também, mas é uma inveja de boa de poder ver o amor sendo transmitido e vontade de fazer e transmitir também o meu amor para vocês dois. Não sei se me expressei bem, mas no fundo e no final sei que sabe o quanto te amamos. Mulher, mãe, companheira, amiga e claro dona Designer. hehehe

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  2. Eu pensei em um montão de coisas pra te dizer. Mas pra não fazer outro post no seu comentário (hehehehe), achei este link, de um post que eu fiz recentemente: http://redemulheremae.blogspot.com/2011/09/mae-que-coloca-filho-pequeno-na-escola.html

    Beijos!
    Tati
    Mulher e Mãe
    #amigacomenta

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